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NARRATIVAS DE UM APRENDIZ

Sobre a luta com a palavra

No primeiro semestre de Ciências Sociais na UFF, cursei uma disciplina de Introdução à Filosofia. Há doze anos atrás, em 2008. Para avaliação da disciplina, os estudantes deveriam se reunir em grupo para organizar e produzir um seminário.

Levamos ao professor uma sugestão, “A origem da Tragédia” de Nietzsche. “Não dá pra ler Nietzsche, não dá pra ler…”, disse o professor. Como um bom orientador, ele nos recomenda uma leitura mais didática, mais palatável. Sugeriu a leitura de um célebre comentador de Sartre, Gerd Bornheim. Lemos “Existencialismo”, para a apresentação de trabalho.

Dentre conversas, planejamento, organização e discussões teóricas, mergulhei intensamente na leitura do texto proposto. Declinar-me no texto me foi motivo de prazer e gozo. O capítulo em questão, segundo o que recordo, discutia o fenômeno do encontro com o Outro. Lia naquelas páginas como o sujeito que se depara com a alteridade e o toma como objeto. Depois de um processo dialético e de um longo processo de reconhecimento, tínhamos dois sujeitos frente a frente. Honestamente, é o que me lembro. Anseio por ter esse livro novamente em mãos. Mas, mais do que aprender sobre existencialismo e processo de reconhecimento, eu aprendi a travar batalha com a linguagem. Experimentei alguma coisa de mistério no treinamento árduo de leitura, de redigir comentários, de exercitar homilética, de escrever um pouco mais e insistentemente. É como encontrar um tesouro no ordinário, escondido no mais explícito do cotidiano.

Sem perceber, quase espontaneamente, mergulhava profundamente num estado de consciência meditativo. Como numa imersão num texto bíblico. Fazia dos parágrafos, os meus versículos. É como deter-se diante de um verso de poesia, encontrando um estado de consciência intermediária, profunda, contemplativa, produtiva, que flui por entre janelas, encontrando novamente lar ali naquele núcleo de onde saiu. As palavras penetravam num processo de ruminação, onde eram regurgitadas e mastigadas repetidas vezes. Ainda que as páginas não estivessem diante dos olhos, lá estavam as palavras insistentes, ganhando vida, provocando prazer e elas mesmas recebendo deleite.

Ali, já não sabia o que era. Sabia de algum modo intuitivo o que havia ali, a luta com a palavra. Nesse treinamento e árduo trabalho com a palavra, uma alteridade é forjada. Afetos, percepções e caminhos cognitivos são construídos. Na apresentação, as palavras me saíam à boca, dos meus lábios a linguagem procedia. Os olhos que assistiam mantinham-se arregalados, espantados. As palavras fluíam, não porque eu estava no controle, mas porque elas tinham o domínio. Deu lugar à gestação da expressão, no lugar entre a tensão do “eu” de um “outro” que é o autor e sua linguagem. Não falava mais Gerd Bornheim ou Sartre. Sim, a partir do bom encontro com tais autores, tornei-me.

Pergunto, então, “o que há ali?”, na presunção da possibilidade. O que “há aqui”, no pressuposto de uma existência outra, para além da sobrevivência.

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